quinta-feira, 17 de março de 2016

Espiritismo e a raiva

pato donald irado

O espiritismo me leva a concluir que não tenho o direito de descarregar a raiva sobre ninguém. A raiva é uma demonstração de fraqueza de caráter.
Você já perdeu o controle de si mesmo por causa da raiva? Poucas coisas são tão deprimentes de se ver como uma atitude impulsiva baseada na raiva. A raiva é uma demonstração de fraqueza de caráter. Uma pessoa que se deixa dominar pela raiva é uma pessoa que fantasia padrões de comportamento. É alguém que gostaria que todos seguissem o padrão de comportamento que considera o ideal. E quando julga que alguma situação contraria o seu ponto de vista, perde o controle de si mesmo.
Você já deve ter ouvido falar várias vezes que a raiva deve ser extravasada, que a raiva é uma reação instintiva, que a raiva se deve a fatores bioquímicos. Acredito em tudo isso. Mas não posso deixar de levar em consideração a visão mais abrangente que o espiritismo nos oferece. E chego à conclusão de que “extravasar” é um terrível desrespeito para com o próximo, e o ato praticado num momento de animalidade raivosa ativa a Lei de causa e efeito. Com raiva ou sem raiva, com instinto ou sem instinto, com química ou sem química, o que plantamos é o que vamos colher. Sempre. Colhemos nesta reencarnação muitos frutos da raiva externada em outras vidas.
Acredito que a raiva se relacione diretamente com nossas crenças e padrões de pensamentos. Não estou negando que a raiva esteja ligada a fatores bioquímicos. Acredito no que a ciência diz. Mas isso é consequência. A causa primeira são nossas crenças e pensamentos cheios de orgulho e pretensão.
O que desencadeia a raiva é a frustração das expectativas que alimentamos, mesmo que inconscientemente. Esperamos uma coisa e acontece outra. Imediatamente o orgulho mostra sua cara. O orgulho tem sempre a expectativa de que tudo transcorra exatamente como queremos. Talvez o principal motivo da raiva seja não sermos atendidos em nossa vontade. Nosso orgulho faz com que vejamos tudo como se fosse de propósito, como se fosse um ataque pessoal, uma afronta à nossa dignidade. Não levamos em conta que há pessoas preguiçosas, incompetentes e que não nos consideram grande coisa. Se elas são assim, se isso faz parte da característica delas, não devíamos nos ofender como se tudo se tratasse de algo pessoal.
Você se culpa por sentir raiva? Por favor, não faça isso. Se você errou por causa de um acesso de raiva, procure tirar uma lição do que aconteceu. Sempre há uma lição a aprender. Reconheça o seu erro, tome o propósito firme de não repeti-lo. Se você vem tentando isso há algum tempo sem conseguir, mude de comportamento. Se não consegue se controlar de um jeito, tente de outro. Quem sabe se não é hora de reformar atitudes e posturas? O espelho que tenho à minha frente, enquanto escrevo, me diz que sim.
Mas não fique se culpando. O sentimento de culpa é um processo doentio que só iria gerar mais raiva. E raiva de você mesmo. Sentir raiva de si mesmo é irradiar ondas mentais negativas que atraem (sintonizam) outras mentes doentias, formando uma grande rede de sentimentos raivosos. Você não quer isso. Se tem algo de que não precisamos, é de raiva.
Espírito Imortal


Nenhum comentário:

Postar um comentário